sábado, 25 de outubro de 2014

Aula 3 ano 4 bimestre

   Biotecnologia e seleção artificial

      Já vimos no bimestre passado que Biotecnologia é conjunto de técnicas em que são utilizados seres vivos ou partes deles para a obtenção de produtos, ou processos, que interessem à espécie humana.
      O surgimento da agricultura e pecuária foi a primeira grande utilização da biotecnologia que visava controlar e incrementar a oferta de nutrientes através da domesticação das plantas em cultivos
      As plantas foram sendo escolhidas de acordo com as características que apresentavam, assim como os animais, o nome deste processo chama-se seleção artificial. Um exemplo desta seleção é o Teosinto (milho original) que possuía uma espiga muito pequena e o milho atual que é mais nutritivo e com espigas cheias.

Trangênicos ou Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)

Com o advento das técnicas de recombinação gênica, o melhoramento genético entra em uma nova era: a dos transgênicos. A partir da transferência de genes entre espécies distintas, a biotecnologia possibilita a criação de“novas espécies” que são chamadas de Espécies Geneticamente Modificadas (OGMs)
O primeiro trangênico autorizado para consumo, o tomate FlavrSavr, foi de origem Americana e o objetivo foi de gerar plantas e sementes mais resistentes a insetos, bactérias, vírus e herbicidas.
 visava a diminuição das perdas e, consequentemente, os custos de produção.
Para isto, os cientista modificaram a espécie para bloquear a produção de uma enzima “poligalacturonase”(PG) que promove o amolecimento do fruto maduro.

O primeiro trangênico no Brasil foi a "Soja Roundup Ready" com o objetivo de resistir ao super herbicida Roundup Ready que, além de matar plantas daninhas, mata também a soja natural. A Soja Roundup Ready é obtida partir da introdução, na soja natural, de um gene encontrado em certas algas e bactérias capazes de resistir ao herbicida. Uma vez aplicado na plantação de soja modificada, o
Roundup Ready afeta as plantas daninhas, mas não a soja.

OBS: os efeitos dos transgênicos sobre a saúde humana e o impacto no meio ambiente ainda são incipientes.
Algumas possibilidades:
1) possibilidade de poluição genética, o que remete à necessidade de estudos prévios de impacto
ambiental;
2) insegurança quanto as possíveis reações alérgicas após o consumo prolongado desse tipo de alimento;
3) uso abusivo de venenos agrícolas, uma vez que muitas plantas são manipuladas geneticamente para se tornarem mais resistentes a agrotóxicos. Tal condição é preocupante, uma vez que o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo destes produtos;
4) resistência de empresas quanto ao fornecimento de informações sobre as características dos alimentos comercializados.

Rotulagem dos produtos

A obrigatoriedade do selo se faz quando pelo menos 1% do produto é geneticamente modificado.




Alguns benefícios de Organismos transgênicos: 

Obtenção de medicamentos e vacinas.

Pesquisas em andamento no Brasil:

Dengue e Alface
 diagnóstico e imunização da população contra os quatro tipos de dengue a partir da
modificação genética de plantas.
 um reagente produzido com alface na qual foi injetado o gene do vírus da dengue. A alface
transgênica produzirá uma partícula viral defeituosa que será aproveitada em reagente, a
ser misturado ao sangue coletado. Conforme a reação, o medicamento indicará se o paciente está
com os anticorpos do vírus da dengue.

Dengue e Feijão de corda
 Vacina contra Dengue (o vegetal utilizado no procedimento para produção de antígenos para combater o vírus da dengue)

Aula 1 ANO 4 BIMESTRE

Biodiversidade

          A formação da palavra biodiversidade se dá pela união do radical Bio = "vida" e da palavra diversidade = "variedade", por isso conclui-se que biodiversidade significa ‘variedade de vida’.
          A biodiversidade reúne toda a variedade de vida, desde micro-organismos até animais e plantas. 
          A diversidade ecológica refere-se ao número de espécies em determinadas áreas, ao papel ecológico que estas espécies desempenham, ao modo como a composição de espécies muda de região para região e ao agrupamento de espécies que ocorrem dentro destes diferentes ecossistemas. A expressão variabilidade genética (ou biodiversidade molecular) é utilizada para se referir à diversidade de genes existentes nos vários cromossomos de uma espécie.
         Já vimos que cariótipo é o conjunto de cromossomos de uma célula somática de um organismo e também que as características numéricas e morfológicas dos cromossomos podem fornecer informações sobre o grau de parentesco entre os organismos. 
          Além disso, aprendemos que os fenômenos responsáveis pela variabilidade entre os seres vivos em que atua a seleção natural, que são: mutação (alterações aleatórias na estrutura do DNA), recombinação genética na meiose (durante a formação dos gametas ou células sexuais) e agora veremos a terceira fonte da variabilidade: a segregação independente na meiose.

Segregação independente na meiose (Os trabalhos de Gregos Mendel)

           O que Mendel chamou de fatores, hoje sabemos que são os genes, que ocorrem aos pares, mas na reprodução, apenas um deles é passado adiante, devido ao processo de meiose. A característica passada por um par de genes é chamada de fenótipo (cor amarela ou verde, por exemplo),
enquanto o conjunto de genes que definem essa característica é denominado genótipo.
           Os cientistas também descobriram que o par de genes que define determinada característica está localizado na mesma região do cromossomo e são chamados de genes alelos. O gene dominante
(representado por uma letra maiúscula) manifesta um fenótipo, independente de seu alelo (uma ervilha será amarela se tiver como genótipo alelos VV ou Vv). Já o gene recessivo (representado por uma letra minúscula) só se manifesta como fenótipo se tiver também um alelo recessivo (uma ervilha só será verde se for vv). Indivíduos de linhagem pura são os que apresentam alelos iguais (como VV ou vv), sendo chamados homozigotos. Já os híbridos, resultantes do cruzamento de duas linhagens, apresentam alelos diferentes (Vv) e são chamados heterozigotos.